domingo, 17 de abril de 2016

Arte Contemporânea e suas variações

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o novo panorama é caracterizado pelo avanço da globalização, cultura de massa e o desenvolvimento das novas tecnologias e mídias, as quais se mesclam com a arte oferecendo assim, novas experiências artísticas-culturais pautadas principalmente, nos processos artísticos em detrimento do objeto, ou seja, na ideia em detrimento da imagem. Nesse sentido, a arte contemporânea prioriza principalmente, a ideia, o conceito, a atitude, acima do objeto artístico final. O objetivo aqui é produzir arte, ao mesmo tempo que reflete sobre ela.

Foi dessa maneira que a Arte Contemporânea rompeu com alguns aspectos da Arte Moderna, abandonando diversos paradigmas e trazendo valores para a constituição de uma nova mentalidade, ao mesmo tempo que abriu espaço para diversidade de estilos, perspectivas, técnicas e abrangência de linguagens artísticas (dança, música, moda, fotografia, pintura, teatro, escultura, literatura, performances, happenings, instalações, videoarte, etc.)

Principais Características

As principais características da arte contemporânea são:

  • Sociedade da informação, tecnologia e novas mídias
  • Subjetividade e liberdade artística
  • Efemeridade da arte
  • Abandono dos suportes tradicionais
  • Mescla de estilos artísticos
  • Utilização de diferentes materiais
  • Fusão entre a arte e a vida
  • Aproximação com a cultura popular
  • Questionamento sobre a definição de arte
  • Interação do espectador com a obra

Arte Contemporânea no Brasil

 Muitos foram os artistas que fomentaram a arte contemporânea no país, dos quais merecem destaque:
  • Hélio Oiticica (1937-1980)
  • Lygia Clark (1920-1988)
  • Lygia Pape (1927-2004)
  • Almícar Castro (1920-2002)
  • Aluísio Carvão (1920-2001)
  • Franz Weissmann (1911-2005)
  • Hércules Barsotti (1914-2010)
  • Willys de Castro (1926 - 1988)
  • Cildo Meireles (1948-)
  • Ferreira Gullar (1930-)
  • Vik Muniz (1961-)


Principais Artistas

No cenário mundial, alguns artistas merecem destaque na composição de obras contemporâneas:
  • Robert Smithson (1938-1973): artista estadunidense
  • Jackson Pollock (1912-1956): pintor estadunidense
  • Marina Abramovic (1946-): artista performática sérvia
  • Rebecca Horn (1944-): artista alemã
  • Richard Serra (1939-): escultor estadunidense

Arte Conceitual

A
 Arte Conceitual é uma vanguarda artística moderna e contemporânea que surgiu nos anos 60 e 70 na Europa e nos Estados Unidos e, como o próprio nome indica, trata-se de uma expressão artística mais pautada nos conceitos, reflexões e ideias, em detrimento da própria estética (aparência) da arte.

"Chair" Duchamp

Em outras palavras, a arte conceitual é uma “arte-ideia” em detrimento da “arte-visual”, sendo o principal material da arte a "linguagem". Diante disso, os artistas conceituais preocupam-se em criar reflexões visuais para seus espectadores.

Esse movimento artístico que critica o formalismo e propõe a autonomia da obra artística, foi capaz de revolucionar muitos aspectos da arte, sendo o termo “arte conceitual” utilizado pela primeira vez pelo artista, escritor e filósofo estadunidense Henry Flynt, em 1961. Sobre a arte conceitual, afirma o escultor estadunidense Sol LeWitt (1928-2007): “
a própria ideia, mesmo se não é tornada visual, é uma obra de arte tanto quanto qualquer produto”.

"Inserções em Circuitos Ideológicos" Hélio Oiticica

Para muitos estudiosos, Marcel Duchamp (1887-1968) foi um dos precursores da arte conceitual, na década de 50, no momento em que colocou um mictório no museu e o chamou de arte. Ali, a ideia dos “ready mades” (Já feito), considerado uma antiarte, não era o produto artístico, mas sim o conceito de arte que o artista quis demostrar, que levava mais ao processo reflexivo, em detrimento do visual. A grande questão da arte conceitual era definir os limites e fronteiras do fazer artístico, ou seja, ela é baseada na indagação: O que é arte?

Arte Efêmera

Efêmera é o mesmo que efêmero, um termo grego que significa “apenas por um dia”. Refere-se a algo passageirotransitório, de curta duraçãoÉ todo tipo de arte que não é permanente, ou seja, não perdura através dos tempos. São exemplos dessa arte os grafites, as esculturas em areia ou gelo, os coloridos tapetes de flores construídos nas ruas em celebrações religiosas, as instalações construídas para exibições momentâneas etc.


Land Art



A “Land Art” (em inglês “Earth Art” ou “Earthwork”) foi um movimento artístico pautado na fusão na natureza com a arte, que surgiu na década de 60 nos Estados Unidos e na Europa. O termo “land art”, se traduzido, corresponde a “arte da terra” tendo como principal característica a utilização de recursos provenientes da própria natureza para o desenvolvimento do produto artístico. Em outras palavras, a land art surge a partir da fusão e integração da natureza e da arte donde a natureza além de suporte, faz parte da criação artística.


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