quinta-feira, 19 de maio de 2016

O que é um Podcast?


Como criar um podcast? De maneira não profissional.

Você vai precisar de:


  • Um Celular com um App de Gravação de Áudio
  • Um app para editar o Áudio(Cortar Trechos - Pode ser o App que utilizou pra gravar, alguns já possuem essa função).
  • Um Celular, ou Som(Caixa de Som, MP3, Rádio) para soltar as trilhas de fundo ou vinhetas.
  • Um texto para fazer a narração.
Como criar?

  • Prepare o texto que irá narrar, pode ser impresso ou manuscrito.
  • Escolha um local com pouca ou sem interferência
    sonora(o ideal).
  • Comece a narrar o texto falando ao menos 15 cm do Microfone do Celular enquanto estiver gravando.
  • Mantenha o segundo Equipamento Sonoro(Celular ou Som), preparado com as trilhas que irá utilizar durante a gravação, pode preparar um playlist para isso. * O Ideal é que uma segunda pessoa esteja lhe auxiliando nessa tarefa.
  • Mantenha a ideia de iniciar o Podcast soltando uma música inicial aumentando o volume de maneira gradativa(Fade in), e abaixe o volume para dar inicio a sua narração. Ao final do podcast pode finalizar utilizando a mesma trilha sonora, e baixar o volume aos poucos para finalizar(Fade out).


Exemplos de Podcasts 

Grupo Barbatuques - 8º Ano



Música Eletrônica - 8º Ano

  


Artistas da MPB - 9º Ano

  

História da Música Eletrônica no Brasil


Uma Breve História da Música Pop


terça-feira, 10 de maio de 2016

Do teatro de revista às adaptações da Broadway, musicais se tornaram milionários no Brasil


Emerico / Folha Imagem
Bibi Ferreira e Paulo Autran na montagem "Minha Querida Lady", de 1962, primeira adaptação da Broadway no Brasil

O sucesso dos musicais no Brasil está longe de ser um fenômeno recente. Desde a primeira metade do século 20, com o teatro de revista, até hoje, com os suntuosos cenários e figurinos trazidos da Broadway, os espetáculos teatrais cantados agradam platéias no país. Se há diferença relevante entre os dois momentos, esta é a profissionalização do novo mercado de musicais - que já levou mais de três milhões de espectadores aos teatros e tem até curso profissionalizante para atores do gênero.

Antes do primeiro espetáculo da Broadway ser trazido para São Paulo ("Minha Querida Lady", adaptação de "My Fair Lady" protagonizada por Paulo Autran e Bibi Ferreira em 1962), o Rio de Janeiro já tinha uma forte tradição do chamado teatro de revista, gênero em que o enredo servia de ligação entre esquetes cômicos, musicais ou coreografados.

Após um período de glória nas décadas de 50 e 60, o musical de entretenimento perdeu espaço para uma dramaturgia mais politizada, notadamente em criações de Chico Buarque como "Roda-Viva", "Ópera do Malandro", "Calabar" e "Gota D'Água". O produtor e letrista Claudio Botelho, responsável pela tradução de quase todas as montagens recentes de espetáculos da Broadway, acredita que o período de repressão militar fez com que o teatro se transformasse em um "lugar de resistência". "É por isso que algumas pessoas do meio ainda ficam surpresas que os musicais estejam fazendo sucesso", afirma.

Nos anos 80 e início dos 90, algumas produções musicais esparsas tiveram êxito, como "A Chorus Line", de 1983, na qual Cláudia Raia apareceu aos 16 anos, e "Cabaret", de 1989, ambas em São Paulo. Responsável pela produção das duas montagens, o diretor Jorge Takla recorda que as dificuldades eram muito maiores do que hoje: "Não tínhamos lei de incentivo, nem elenco preparado, nem lugares que comportassem o espetáculo". Takla dá como exemplo o Teatro Sérgio Cardoso, onde foi montado "A Chorus Line" mesmo sem o espaço necessário para acomodar a orquestra de um musical. "Foi um teatro mal concebido para isso, infelizmente."

O Rio de Janeiro também não era uma seara fértil para musicais na primeira metade dos anos 90. "Hoje existem esses orçamentos milionários, mas, quando fui montar 'Hello Gershwin' com o Marco Nanini em 1991, tivemos as mesmas dificuldades que todo mundo: teatro pequeno, horário alternativo, nenhum dinheiro", recorda Claudio Botelho.

Ennio Brauns / Folha Imagem
Cena de "Rent", montagem de 1999 que deu início a uma nova série de espetáculos da Broadway em São Paulo
Retomada
A primeira etapa da volta dos musicais ao gosto do público aconteceu no Rio de Janeiro, com as peças montadas em torno da vida de personalidades consagradas da música, utilizando suas canções como fio condutor do enredo. "Elas por Ela", de 1989, foi um protótipo do gênero, com Marília Pêra interpretando diversas cantoras brasileiras. Mas é a partir de meados dos anos 90 que musicais como "O Samba de Valente Assis" (sobre Assis Valente), "O Abre-Alas" (Chiquinha Gonzaga) e "Somos Irmãs" (Linda e Dircinha Batista) estabelecem um público cativo por esse tipo de montagem - que, por sinal, faz sucesso até hoje, tanto no Rio como em outras capitais, em peças como "Cauby! Cauby!" (2006), "Renato Russo" (2007) ou "Divina Elizeth" (2008).

Com a estréia de "Rent" em 1999, no Teatro Ópera, em São Paulo, tem início a segunda etapa do renascimento dos musicais: as adaptações da Broadway. Os orçamentos generosos, auxiliados por leis de renúncia fiscal, permitiram a realização de grandes montagens e aceleraram a profissionalização no setor. No elenco de "Rent" já podiam ser encontrados alguns atores que fariam carreira em musicais: o protagonista Daniel Ribeiro, que dirigiu "Cazas de Cazuza" em 2000; Alessandra Maestrini, hoje no programa "Toma Lá Dá Cá" da TV Globo, que teria papel de destaque em "Les Misérables"; e Bianca Tadini, de "O Fantasma da Ópera", "O Mágico de Oz" e "West Side Story", entre outros.

Não foi um começo unânime, porém: o tradutor Claudio Botelho dá "graças a Deus" por não ter participado da montagem de "Rent", que para ele "não era séria". A atriz Bianca Tadini, que fez parte do elenco da peça, concorda que esta deva ser encarada como um dos "testes" que a multinacional Time 4 Fun (ex-CIE) fez antes de "Les Misérables", seu primeiro grande investimento (US$ 3,5 milhões, quase R$ 5,9 milhões em valores atuais). Os outros testes aconteceram em 2000, com resultados animadores: "Vitor ou Vitória", dirigido por Jorge Takla, atraiu 80 mil espectadores; "O Beijo da Mulher-Aranha", com Cláudia Raia e Miguel Falabella no elenco e direção de Wolf Maia, outros 120 mil.

Broadway paulistana
Com a estréia de "Les Misérables", em 2001, os números começaram a ficar realmente superlativos. A começar pela reforma do Teatro Cine-Paramount, no centro de São Paulo, bancada pela CIE e pelo Grupo Abril ao custo de R$ 12 milhões (a partir de então, a construção passou a se chamar Teatro Abril). Coincidentemente, além de ter sido o primeiro cinema sonoro da América Latina e de ter abrigado os festivais da TV Record nos anos 60, foi no mesmo Teatro Abril que aconteceu a montagem de "Minha Querida Lady" em 1962.

Mila Maluhy / Divulgação
Palco de "Les Misérables" trazia inovações como uma base giratória e maior vão livre para os cenários
Jorge Takla, que em 2002 passaria a comandar a divisão de teatro da CIE, considera a reforma do Teatro Abril um marco: "Era uma coisa pela qual lutávamos durante muitos anos. Foi muito rico não só para os musicais, que puderam ser apresentados com qualidade, mas também para todos os profissionais envolvidos, que puderam aprender muito com a tecnologia que foi trazida".

O espetáculo inaugural do Teatro Abril, "Les Misérables", atraiu 350 mil espectadores nos 11 meses que ficou em cartaz. A estrutura, com palco giratório e uma equipe de 150 pessoas, era algo inédito no teatro nacional - incluindo os salários, muito acima do praticado no país. A direção ficou a cargo do inglês Ken Kaswell e do brasileiro Helzer de Abreu, que já tinha participado de "Rent", e a produção coube ao argentino Billy Bond, ex-vocalista da banda Joelho de Porco e diretor de shows Ney Matogrosso nos anos 70.

Principais estilos de Dança do Movimento Hip Hop

Locking

Popping

Breaking e Street Dance












A história da Broadway: Como os Musicais são conhecidos até hoje






A Broadway é a maior referência de teatro musical profissional, sendo considerada a forma de dramaturgia mais lucrativa do mundo – os seus 40 teatros localizados no Theatre District, na ilha de Manhattan, geram anualmente mais de um bilhão de dólares com a venda de ingressos para mais de 10 milhões de espectadores. A tradição vem desde o começo do século XIX, diretamente ligada ao projeto urbanístico de Nova York. Você conhece a história por trás da capital mundial dos musicais?
Em 1811, Nova York começou a dar forma ao famoso Commissioner’s Plan, o projeto de ‘grade’ à cidade. Uma única avenida já existente escapou do novo desenho – foi aí que surgiu a Broadway (literalmente, em português, ‘via larga’), intimamente ligada ao planejamento da maior metrópole norte-americana. Até hoje, Manhattan mantém o formato marcado por avenidas traçadas horizontalmente, cruzando ruas numeradas de baixo para cima, com a Broadway Avenue cortando a ilha perpendicularmente.
A região logo começou a abrigar os primeiros grandes teatros, reduto de concertos de música gospel e blues que davam vida aos subúrbios. Não demorou para a área se tornar o centro das atenções criativas e intelectuais, com a criação da Times Square e a chegada do metrô de Nova York no início dos anos 1900. A explosão do comércio foi o que mais impulsionou o movimento em seus entornos.
Curiosamente, os musicais em Nova York não começaram na Broadway. Thomas Kean and Walter Murray iniciaram uma companhia de teatro de 280 atores ainda em 1750 – as produções foram interrompidas até 1798 devido à Revolução Americana e então, pelos próximos anos, as montagens passaram a ocupar os teatros do novo pólo cultural.

A primeira peça teatral musical foi The Black Crook, apresentada pela primeira vez em 12 de setembro de 1866 no icônico Niblo’s Garden, um antigo teatro da Broadway de 3200 lugares. Apesar das cinco horas e meia de duração, a montagem cativou o público em impressionantes 474 performances. O estilo contava com influências da ‘Operetta’, vindo da Alemanha, França, Veneza e das comédias inglesas.

A origem do Hip Hop

Para abordar o Hip Hop torna-se essencial resgatar, de forma sucinta, a origem do funk, pois essa forma de música surgiu da música negra americana, o “Rhythym and Blues”, rotulada como “race music” até cair no gosto popular dos jovens brancos americanos. Houve a partir da década de trinta, uma grande migração da população negra que vivia no sul do país, para os centros urbanos do norte dos Estados Unidos e que necessitava, emergencialmente, de trabalho. Neste período o Blues absorve instrumentos elétricos dando origem ao Rhythm’d Blues, que conseqüentemente mistura-se com a música gospel protestante, resultando no “Soul”, cuja tradução é “alma”. Na década de sessenta o Soul passa a ser a música de protesto dos movimentos em favor dos direitos civis dos negros, tornando-se a “black music” americana. Na luta por uma real cidadania, eles começam a fazer uso da palavra “funky” (fedorento), muito utilizada por seus agressores. Desta forma o Funky passa ser uma forma de atitude e identidade negra no vestir, falar, dançar, enfim, viver.
Na década seguinte, anos setenta, a mídia no Brasil se apropria desse estilo e passa a comercializa-lo, projetando o estilo “Black Power” com Gerson King Combo. Uma espécie de James Brown à brasileira. O Rio de Janeiro, por concentrar a maior mídia de massa da época, aglomera grandes equipes de som, como as “Soul Grand” e “Furacão 2000”, com realização de grandes bailes na zona sul e subúrbio da cidade. A imprensa batizou este movimento ao orgulho negro de “Black Rio”, entrando a década de oitenta sacudindo clubes, discotecas e casas noturnas das grandes capitais brasileiras.